Novo recuo de Trump evidencia fragilidade da política comercial dos EUA
Confiança do consumidor recua e mercado financeiro reage mal às mudanças nas taxas.
Mesmo depois de afirmar que não havia mais espaço para negociações, Donald Trump atrasou em um mês a aplicação das tarifas sobre produtos importados e do México e Canadá.
Depois de muita conversa entre as partes, os canadenses e americanos chegaram a um acordo sobre as taxas, que passarão a valer no dia 2 de abril.
O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, tinha prometido retaliar as decisões de Trump, algo que irritou o americano, que insiste em falar que quer anexar o país e transformá-lo no quinquagésimo primeiro estado americano.
Além de reações do governo federal, a província canadense de Ottawa anunciou tarifas de 25% sobre a exportação de energia para os estados de Michigan, Minnesota e Nova York. A região compra parte da produção energética de usinas canadenses, e mesmo com o recuo americano, essas taxas serão mantidas.
Sobre as tarifas em veículos do Canadá e México – também alteradas para o dia 2 de abril – Trump afirmou que não vê possibilidade de haver um adiamento ainda maior. O republicano reforçou que os tributos sobre alumínio e aço não serão alterados e passam a valer no dia 10 de março.
Trump também negociou com a presidente do México, Claudia Sheinbaum.
Em tom amigável, o presidente americano afirmou que tomou a decisão em respeito à Sheinbaum. Disse que a relação entre os dois tem sido boa e que agora estão trabalhando juntos para reforçar a segurança na fronteira.
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